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MAGNUM é uma Revista dedicada ao universo das Armas de Fogo. Aborda Colecionismo, Tiro Esportivo, Munições, Recarga, Balística e Legislação pertinente ao assunto. Além de abordar Arqueiria, Caça, Cutelaria, promover entrevistas com pessoas ligadas a cada um desses setores e cobrir lançamentos de novos produtos - no Brasil e no mundo -, buscando estimular seus Leitores ao trânsito saudável, consciente e responsável através desses temas.
Oeste o que?
O Oeste Selvagem - ou Velho Oeste - esteve intimamente ligado ao desenvolvimento das armas de fogo. Um pouco por desejo, muito por necessidade, é hoje certo que elas estejam bastante mais associadas a tal período do que a qualquer outro da história americana. Em remotas porções territoriais do oeste dos EUA, durante o século dezenove, lei e ordem compunham por vezes um conjunto vazio. Melhor amiga do homem, a arma de fogo era efetiva grande parte da vida por lá.
A borda se mantém delineada pelo rio Mississippi por muitos anos, rio que corta os EUA de norte a sul, desde oeste dos Grandes Lagos até o delta de Nova Orleans. É então considerado território selvagem, inóspito, com pouca possibilidade de se tornar em lar, tudo o que a ocidente desse rio estivesse. Com a compra do território da Luisiana, em 1803, providenciado seu desbravamento, tem início em ano seguinte o chamado Velho Oeste. Os EUA se expandem, gradualmente, rumo ao desconhecido e imenso além-fronteira.
Frequentemente, se diz Velho Oeste apenas quando em referência aos últimos trinta e cinco anos do século dezenove, contados desde 1865, desde o fim da Guerra da Secessão. Mais adequado tratar quase todo esse século ao fazer uso do termo no entanto e, de forma mais precisa ainda, ter em mente os oitenta e seis anos passados entre 1804 e 1890, respectiva e formalmente, dele início e desenredo.
Velho Oeste é uma expressão. Também Oeste Selvagem, como muitos preferem. Denomina a relação entre um período histórico e a grande porção territorial dos EUA a oeste do rio Mississippi. Abrange história, geografia, política, personagens, sabedoria popular e manifestações culturais.
Aquisições de territórios e anexações são sua marca registrada. Compromissos políticos, tratados e acordos com nações estrangeiras e população nativa.
Conquistas militares, implantação e manutenção de lei e de ordem. Isso tudo se soma às inovações tecnológicas e maciças migrações de estrangeiros, e os EUA se expandem, de costa a costa, abastecidos pela convicção na divina predestinação, supostamente vinda de Deus, dita Manifest Destiny. Algo como “Destino Claro” ou, enfim, “Sorte Evidente”. Divina predestinação a abonar e justificar inclusive apropriação de territórios, matança e deslocamento forçado dos nativos, posto que TUDO integrasse um projeto sagrado, infinitamente maior.
Em 1973, Laércio Gaazinharo começou a estudar o Velho e Selvagem Oeste norte-americano, iniciando também uma paixão por facas Bowie. Nos 5 anos seguintes, a grande quantidade de livros, revistas, “reprints” de pasquins e de compêndios antigos sobre esse assunto reunida por ele constituiu-se uma excelente fonte de referências para, praticamente, tudo o que se deseje saber sobre a vida naquela região.
Como sempre, chega novamente a hora de produzir mais uma edição de MAGNUM, de modo a caminharmos para o final de nossos 16 anos juntos e, nessas quase dezessete primaveras, sempre pautamos pela moralidade e pelos bons costumes – afinal, somos “vitrina” – e o que não falta por aí são pedras!
Pudera! Nosso segmento é sempre vis to como algo “do mal”, já que, na cabeça daqueles que não conseguem pensar por eles mesmos e limitam-se a repetir frases feitas, como papagaios, Armas de Fogo têm que estar associadas à violência, como se não existissem diversas modalidades de Esporte onde pistolas, revólveres, carabinas, fuzis e espingardas cumprem seu papel desportivo, não raro elevando o nome do Brasil no exterior. E isso tudo sem falarmos na Defesa que elas podem nos proporcionar ao termos nossas moradias invadidas por marginais a tudo dispostos.
Continua...
Quem mata?
Ao culpara armas de fogo pela crescente violência nas metrópoles brasileiras, muitas de nossas autoridades apenas disfarçam sua incompetência para assuntos de segurança pública.
A fome mata!
A falta de instrução mata!
A Ignorância mata!
A falta de educação mata!
O racismo mata!
As drogas matam!
O descaso aos idosos brasileiros mata!
A ganância de alguns governantes brasileiros mata!
No Brasil, a impunidade mata!
A morosidade da justiça brasileira mata!
O descaso das autoridades brasileiras mata!
O grau de fascínio exercido em muita gente pelas Armas de Fofo somente parece ter equivalência no medo ou na repulsa que elas também evocam, instrumentos que são capazes de causar a morte de um ser humano. E é justamente esta dicotomia que as torna mais interessante ainda.
Uma pessoa de minha maior intimidade jamais conseguiu – e, provavelmente, não conseguirá nunca – entender que tais artefatos possam ser estudados, analisados, manuseados e até mesmo utilizados sem necessária associação com morte, destruição e tragédias. Mas o fato é que as armas sempre existiram, estão aí a nossa volta e têm a capacidade de influenciar a vida de pessoas, famílias e nações inteiras.