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MAGNUM é uma Revista dedicada ao universo das Armas de Fogo. Aborda Colecionismo, Tiro Esportivo, Munições, Recarga, Balística e Legislação pertinente ao assunto. Além de abordar Arqueiria, Caça, Cutelaria, promover entrevistas com pessoas ligadas a cada um desses setores e cobrir lançamentos de novos produtos - no Brasil e no mundo -, buscando estimular seus Leitores ao trânsito saudável, consciente e responsável através desses temas.
De acordo com órgãos internacionais, “espécies-problema” são as espécies nativas ou exóticas que formem populações fora de seu sistema de ocorrência natural ou que excedam o tamanho populacional desejável, interferindo negativamente no desenvolvimento de culturas, ameacem ecossistemas, habitats ou espécies.
Algumas dessas espécies apresentam uma das maiores ameaças ao meio ambiente, com enormes prejuízos à economia, à biodiversidade e aos ecossistemas naturais, além dos riscos à saúde humana. São consideradas a segunda maior causa de perda de biodiversidade e de culturas agrícolas. Tendo em vista a complexidade dessa temática, as espécies-problema envolvem uma agenda bastante ampla e desafiadora, com ações multidisciplinares e interinstitucionais.
Ações de prevenção, erradicação, controle e monitoramento são fundamentais e exigem o envolvimento e a convergência de esforços dos diferentes órgãos dos governos federal, estadual e municipal envolvidos no tema, além do setor empresarial e das organizações não-governamentais.
Algumas espécies como a Pomba do Bando geram quedas de resultados estimadas entre 24% e 30% da produção de soja nas regiões onde está presente - o que, à época, corresponderia a perdas de aproximadamente 1,7 milhões de sacas. A Pomba do Bando vem se fazendo presente cada vez mais no território nacional; e análises cientificas indicam que caso seu controle não se inicie em curto prazo, alguns Estados em breve estarão sujeitos aos mesmos graves problemas presentes na Argentina e Uruguai face à presença de tal espécie. São necessárias ações urgentes buscando o controle dela antes que a mesma atinja os níveis presentes em nossos vizinhos, com suas gravíssimas consequências.
A Lebre Europeia que rapidamente se expande no território nacional é responsável pela morte de mudas de árvores no sul do Brasil de até 80% em casuarina, 60% em acácia negra e 8% em citros, além de danos em lavouras de hortaliças de pequenos produtores. Seu controle há muito se faz necessário, porém nunca houve ações e demandas formais neste sentido.
Por fim, citemos o Javali Europeu. O javali é classificado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (organismo internacional do qual o Brasil faz parte) como uma das 100 piores espécies exóticas invasoras devido ao tamanho dos danos que é capaz de causar à natureza, fauna nativa e economia das áreas afetadas pela sua presença, atacando pessoas, plantações, animais e contribuindo para a disseminação de doenças entre rebanhos.
A população de javalis é tão notável que agricultores relatam a perda de mais de 40% de sua produção agrícola em função da presença dessa espécie. Na realidade, os animais estão se disseminando cada vez mais pelo Estado, devido principalmente a sua facilidade de reprodução e de adaptação a novos habitats.
Reconhecendo a importância do problema das invasões biológicas e seus consequentes danos ao meio ambiente, agricultura e pecuária brasileiros, entendemos que é chegada a hora do governo de nosso País encarar a verdade de que, face à atual presença das mesmas em nosso território, o controle através da Caça é a grande alternativa - não somente para conter as espécies invasoras de seguirem destruindo ecossistemas nativos e espécies de nossa fauna autóctone, como também a produção agrícola nacional, mas ainda gerando alternativas de renda aos produtores rurais através de atividades ligadas ao turismo rural e ações afins diretamente ligadas a Caça & Controle destas espécies, como é realizado em países como Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile, para citar somente alguns de nossos vizinhos - afora, claro, os conhecidos exemplos da Europa e EUA.
O controle de espécies invasoras, ou problema, pode vir a ser uma atividade muito rentável para muitos proprietários de terras, algumas mesmo com baixa vocação para a agricultura ou a pecuária. A partir de uma simples estruturação voltada ao receptivo destes “turistas” e consequente geração de um apoio à atividade, como alimentação, hospedagem, fornecimento de auxiliares e guias de campo, cavalos, etc., um grande ato gerador de ganho social e econômico pode ser desencadeado. Está internacionalmente provado que cada “Turista/Caçador” usualmente está disposto a pagar valores importantes por tais serviços. Toda essa atividade é obviamente controlada pelos órgãos especializados do Estado. É, consequentemente, uma alternativa de transformar a crescente ocorrência das “espécies-problema” - que parece não poder ser detido por outros meios - em simples solução alternativa de emprego e renda para as sofridas populações rurais de nossa Nação.
Benvindos às páginas de MAGNUM CAÇA & CONSERVAÇÃO!
Feliz Ano Novo?
Seja qual for a publicação, invariavelmente o Editorial da última edição de um ano ou a primeira do seguinte fará menção ao “balanço” do ano anterior, ou, ainda previsões para aquele que se inicia. Bem, dentro do segmento de Armas & Munições, o horizonte encontra-se nebuloso, com o Governo ainda achando (ou querendo que nós achemos) que o desarmamento dos cidadãos honestos deverá pôr fim a – ou reduzir – os índices de criminalidade. E é uma pena que o “achismo” seja tão cultuado em nossa Pátria!
Nós, de MAGNUM, infelizmente um dos pouquíssimos porta-vozes da realidade, desejamos sinceramente que nossos governantes atentem para os índices nas estatísticas referentes àqueles países que adotaram o caminho do desarmamento como solução suprema para os problemas de incremento da criminalidade.
2010, um ano que entrará para a história do segmento de Armas e Munições.
Especialmente do ano de 2003 para cá, tivemos uma intensa e conturbada trajetória no segmento de Armas e Munições.
No dia 23 de dezembro de 2003 era publicada a Lei 10.826, mais conhecida como “Estatuto do desarmamento”. Uma lei que trazia a certeza da proibição do comércio legal de armas e munições, anunciada por meio de um referendo popular a ser realizado no ano de 2005.
A princípio o clima era de tensão e nos retraímos. Logo depois, refletimos e - obstinados que somos -, não nos conformamos em aceitar que o direito de escolha pudesse ser tirado das pessoas. Decidimos defender esse direito e iniciar um árduo trabalho para esclarecer a população brasileira a respeito dos falsos mitos relacionados às armas e às munições.
Quentin Tarantino & Machado de Assis –
ou resgate & respeito
No dia dezoito, uma sexta feira deste janeiro, estreou em cinemas daqui Django Livre (Unchained Django - EUA, 2012). Filme de Velho Oeste, assinado por Quentin Tarantino, diretor, produtor, roteirista e ator de cinema, cujas narrativas extravagantes e nãolineares são dele marcas registradas.
Embora carregue algumas falhas cronológicas, relacionando as armas ao período supostamente retratado, honestamente aplacadas pela liberdade poética, o filme traz algumas coisas de muita, muita importância pra todos nós. A atuação de Christoph Waltz, com certeza, é uma delas.
Mas, a bendizer por aqui, esse filme nos traz resgate. Tarantino, aliás, é mestre em resgate. Busca, por exemplo, ator que anda sumido. Resgatou John Travolta, em Tempo de Violência (Pulp Fiction – EUA, 1994). Também David Carradine, em Kill Bill (EUA, 2003). Em Django Livre, o diretor resgata Franco Nero que - é minha triste opinião - não vem se mantendo exatamente popular nos últimos anos. Enfim, resgata figuras que vinham injustamente curtindo, admitido ou negado, certo ostracismo. Para além de um dos atores, em Django