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MAGNUM é uma Revista dedicada ao universo das Armas de Fogo. Aborda Colecionismo, Tiro Esportivo, Munições, Recarga, Balística e Legislação pertinente ao assunto. Além de abordar Arqueiria, Caça, Cutelaria, promover entrevistas com pessoas ligadas a cada um desses setores e cobrir lançamentos de novos produtos - no Brasil e no mundo -, buscando estimular seus Leitores ao trânsito saudável, consciente e responsável através desses temas.
A lição Argentina
O advento pioneiro e o grande sucesso da feira Argentina Armas 92 (veja reportagem nessa edição), a primeira mostra internacional de Armas & Munições do continente, nos induz a sérias reflexões do porque algo similar está longe de ocorrer no Brasil, o que é – sem minha dúvida – uma imensa pena.
Refletindo, a primeira conclusão a que chegamos é que – mais uma vez – a cúpula básica das autoridades do passado, as quais cercearam de todas as formas possíveis o direito da população às Armas & Munições. A segunda constatação é que essa repreensão leva mesmo o Brasil a um caminho de contrabando no segmento, o que não é benéfico para ninguém, muito menos para o poder constituído.
Após contatadas essas reflexões, ainda nos dias de cobertura da feira Armas 91, a equipe Magnum partiu para a obtenção de informações que mostrassem a seus leitores e autoridades brasileiras como os fatos relativos a maior liberação de Armas & Munições na Argentina se passaram. Antes, porém, é conveniente um panorama específico do país – irmão.
Desde o ano passado temos notado - como atuante órgão de imprensa do Segmento de Armas & Munições - uma nova safra de Clubes de Tiro em todo território nacional. Isso nada mais é do que uma prova atual de que o fantástico mundo das Armas de Fogo tem conseguido mais adeptos e seguidores.
Sem dúvida tal informação nos faz acreditar mais ainda nesses “novos ventos” que, sem dúvida, vêm demonstrando o apreço pelo Esporte do Tiro e, claro, no mercado de Defesa Pessoal - apesar de certos esforços contrários a tal desenvolvimento tão natural e que vai ao encontro da população, a qual ainda não se conforma por ter suas ambições diminuídas desde o resultado favorabilíssimo do malfadado referendo de 2005.
Fato é que, ao sabor desses mesmos ventos, acompanhamos uma predisposição geral no sentido de criarmos novos parques fabris voltados ao Segmento, de modo a trazer para nosso País uma possível leva de novos tipos de Armamento – apesar de certos setores (notadamente o de imprensa em geral) não quererem acreditar naquilo que, há muito, é reconhecido no Exterior e testemunhado por vários de nossos Leitores ao frequentarem algumas Feiras de enormes proporções: a geração de empregos, diretos ou indiretos, bem nos mostra as enormes possibilidades que até então haviam sido relegadas a segundo plano por nossos Governantes.
Bem, a óptica mudou! Sabe-se o que se passa lá fora, não só quanto ao descrito até agora mas também no que diz respeito aos índices decrescentes de criminalidade nas nações que acreditam ser o Armamento uma das razões preponderantes na diminuição de crimes contra a pessoa - fato tranquilamente comprovável ao analisarmos tais índices em nível mundial e, em especial, de alguns de nossos vizinhos territoriais como Paraguay, Argentina e Uruguay.
Podemos assim afirmar que tal Movimento não admite volta, por mais que alguns detratores não reconheçam. Fazemos (MAGNUM e nossos Seguidores) a nossa parte. Conseguimos demonstrar nossos pontos de vista os quais, mais do que simplesmente otimistas, primam por um realismo até então varrido para debaixo de tapetes.
Contamos com a participação de nossos sempre constantes e fiéis Leitores para integrar tais esforços de elucidação da população; e até com maior força: não duvide! Depende de todos nós a continuidade desse avanço há muito prometido e brevemente em vias de se realizar!
Lincoln Tendler
Coordenador Técnico da Área Internaciona
Artimanha ou pureza?
No final de 1998 a lei brasileira que transformou o porte ilegal de armas em crime completou 1 ano de existência sem nenhum resultado palpável para a sociedade nacional.
São Paulo, a maior metrópole do país, onde o governador reeleito Mario Covas, há 4 anos professa a ideologia dos antiarmas, assistiu, estarrecida, neste período, a duplicação do número de chacinas, e também a duplicação do número de mortos nessas ocorrências, a absoluta maioria das quais praticadas com armas de fogo.
A nosso ver, claro e demonstrado está que o controle das armas de fogo em mãos de cidadãos honestos nada auxiliou no chamado “controle da sociedade brasileira”
O que aprendemos
As colocações a seguir (e respectivos comentários) sintetizam o que aprendemos em quase uma década editando Magnum. São informações importantes e que merecem ser lembradas diariamente por todos os brasileiros que apreciam armas de fogo. Faça da ciências destas um retrato vivo daquilo que acontece no Brasil no tocante a esse assunto.
1) Aprendemos definitivamente que campanhas de desarmamento da população honesta não funcionam.
A muito divulgada “campanha nacional de combate às armas” com pouco mais 1 (hum) ano insistentemente veiculada nas principais emissoras de televisão do país, NÃO FUNCIONA! Ao contrário do pretendido, pessoas continuam a ser mortas com armas de fogo, principalmente nas grandes cidades, justamente onde os filmes da tal campanha são mais veiculados. Aqui vai um exemplo: no primeiro semestre de 1995 o número de assassinatos aumentou 21% no estado de São Paulo em relação a igual período do ano anterior conforme dados de sua própria secretaria de segurança pública.
A ARMA LONGA
Desde nossas meninices que muitos de nós tivemos acesso a Armas de Pressão (aquelas as quais denominávamos, como leigos que éramos, “espingardas de chumbinho” ou “espingardinhas de chumbo” – e que nem de longe imaginávamos serem carabinas de ar comprimido), tendo então sido essas as primeiras armas a manusearmos, ou seja, Armas Longas, já que rarissimamente víamos uma “pistola de pressão”; e as únicas de que nos lembramos eram, efetivamente, alguns poucos exemplares de Walther de cano aparente (uma LP Model 53, vendida em leilão em dezembro do ano passado por US$ 196,000 e “orgulhosamente” empunhada em fenomenal “mico” por Sean Connery, nos primeiros pôsteres dos filmes de James Bond, como se fosse uma Arma de Fogo) ou, ainda, uma ou outra tosca cópia norte-americana de 1911 (Marksman), até que surgissem as nacionais Urko.
Fato é que aproximadamente 95% das Armas de Pressão aqui disponíveis eram, sem dúvida, carabinas (Urko, CBC e Rossi) – razão pela qual existe uma intrínseca afinidade por Armas Longas por aqueles que viveram os anos 60 e 70 e que hoje formam um grande contingente de nossos Leitores. Tais assertivas nos levaram a produzir este Especial, no qual figuram fuzis, carabinas, espingardas e até metralhadoras de mão; e a escolha dos modelos aqui reproduzida tem como base a aceitação daqueles que nos acompanham – algo bem
demonstrado pelas vendas “esmagadas” dos exemplares de MAGNUM que continham estas armas.
Assim, Você poderá se deliciar com estas revisitas a reportagens que, em parte, foram realizadas no Exterior (ou, no caso de não tê-las lido, apreciá-las em primeira mão): High Standard M10B, uma espingarda orientada basicamente à utilização policial; Remington M870 – realmente uma “pump” que dispensa apresentações, tamanha a sua fama; SAF e Mini SAF, duas metralhadoras de mão chilenas que primam por empregar certas soluções provadas em outras marcas; M 16 x AK-47 – indiscutivelmente os dois mais famosos fuzis de assalto do mundo.