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MAGNUM é uma Revista dedicada ao universo das Armas de Fogo. Aborda Colecionismo, Tiro Esportivo, Munições, Recarga, Balística e Legislação pertinente ao assunto. Além de abordar Arqueiria, Caça, Cutelaria, promover entrevistas com pessoas ligadas a cada um desses setores e cobrir lançamentos de novos produtos - no Brasil e no mundo -, buscando estimular seus Leitores ao trânsito saudável, consciente e responsável através desses temas.
O custo da solidão
Fontes informativas dos EUA nos cientificam, novamente, sobre fatos preocupantes relativos a Armas & Munições nacionais.
Desta vez, é o SAAMI – Sporting Arms and Ammunition manufactures Institute (Instituto dos Produtores de Armas e Munições Esportivas), poderosa e seríssima instituição técnica que congrega praticamente todos os fabricantes desses itens que adentram o mercado de “Tio Sam”, que está tomando providências legais para tentar sobretaxar armas e munições brasileiras.
Segundo informações oficiosas, mas de técnicos do próprio organismo norte –americano, esse novo pedido de sobretaxação agora fundamenta-se no fato de o governo brasileiro, através de suas autoridades militares, freqüentemente rejeitar pedidos e propostas de aqui se produzir e/ou comercializar munições de fabricantes dos EUA.
Bang! Na velocidade de um disparo se vão 30 anos desde que comprei o meu primeiro exemplar da revista Magnum. Eu tinha 16 anos e tomava um gelado em uma sorveteria na Cidade Ocian, litoral de São Paulo, onde vi outro garoto com a revista em mãos. Embora fosse um menino absolutamente tímido, não pensei duas vezes em perguntar onde ele tinha arrumado aquela maravilha. “-Na banca de jornal”, respondeu com certo entusiasmo. Corri para lá e lá estava! No Editorial, uma carta fi ctícia de um pai para um fi lho que, em um futuro não muito distante, explicava que havia deixado uma Arma de Fogo para ele, escondida, proibida; e que ele deveria manter segredo absoluto sobre o fato. Naquele momento eu me dava conta que havia no mundo pessoas dispostas a proibir aquilo que para mim era uma paixão. Centelha acesa que, com o passar dos anos, só cresceu.
E se passaram 30 anos! E aquele jovenzinho tímido está aqui agora escrevendo, orgulhosamente, mais um editorial desta Revista. Vi muita coisa acontecer. Vi meu pai comprar pastas masculinas que vinham com coldre de fábrica - tamanha era a naturalidade do porte de armas. Vi meu pai esquecer seu INA .32 Long em cima no teto do carro e ser avisado por um policial rodoviário no caminho para São Paulo. Não, ele não foi nem parado por isso. Vi gente comprando munição, pólvora, espoleta e chumbo em lojas de ferragens em Minas Gerais. Vi-me parado pelo Garra, da Polícia Civil de São Paulo, com a minha arma e apenas o registro, sem o porte - e tudo que levei foi uma bronca e o conselho de procurar a delegacia para requisitar a autorização. Vi minha pasta se abrir no Metrô, 50 cartuchos de .38 se espalharem pelo chão do vagão e ninguém sair correndo, muito pelo contrário, ajudaram-me na captura das “fugitivas”.
Mas também vi o porte ser transformado em crime por Fernando Henrique Cardoso. Vi as primeiras discussões para a proibição total, tal qual naquele editorial de tantos anos atrás. Vi a demonização das armas como se tivessem vida própria e poderes sobrenaturais hipnóticos capazes de transformar o mais pacato cidadão em um frio assassino. Vi velhinhos sitiantes de 80, 90 anos sendo presos por conta de uma espingarda calibre 28 com registro vencido.... Triste. E vi a aprovação do fracassado Estatuto do Desarmamento enfi ado goela abaixo de todos nós e comemorei a nossa vitória no referendo de 2005!
E vi as pessoas acreditando cada vez menos na intromissão do Estado, na imposição do desarmamento e deixando de acreditar que isso era uma solução para criminalidade e violência. Vi mais de 400 pessoas no lançamento do livro Mentiram Para Mim Sobre o Desarmamento; em sua maioria jovens com menos de 25 anos. Vi plateias cheias, ávidas e vívidas na busca de informações reais sobre armas. Vi entrevistas, debates acachapantes, vi a Internet ser tomada por aqueles que lutam pelo direito de Defesa. Vi enquetes, transmitidas ao vivo, cujos resultados deixaram jornalistas de boca aberta. Vi o congresso sair de 8 deputados favoráveis às armas, para, hoje, quase 200! Eu vi deputados e senadores serem aclamados por proporem projetos de revogação da lei atual.
Hoje eu vejo um futuro próximo promissor, olho com o otimismo de quem já viu muita coisa boa, muita coisa ruim - mas nunca fechou os olhos para nada disso e, claro, a Revista MAGNUM estava aqui sobre minha mesa todos esses anos. Parabéns e vida longa!
Efeito antiarma
Como no livro “1984” de George Orwell, o “grande irmão” dos anos 90 determinou que a nova geração não deve apreciar armas de fogo ou fumar.
Assim, a imprensa mundial diligentemente tratou de cumprir a determinação da chefia máxima e os jornalistas e outros profissionais de comunicação estão tentando implementar no jovem moderno as idéias de que ter ou portar uma arma de fogo bem como fumar, não é, digamos assim, “politicamente correto”.
Dentro dos modernos tempos “ecológicos” e de “extremo culto à saúde” isso até poderia ser entendido como algo salutar. Entretanto, a coisa toda não é tão simples e rósea.
A Bomba Européia
No final de dezembro do ano passado, recebemos bombástica missiva do Sr Pierangelo Pedersoli, proprietário da segunda maior empresa italiana produtora de réplicas de armas de fogo do século passado, a grande maioria das quais atuando com Pólvora Negra. Além desta posição o Sr Pedersoli é também presidente do importantíssimo Consórcio dos armeiros de Brescia, cidade italiana que notabilizou-se como grande centro europeu de armas de fogo.
A longa carta (cuja foto de sua duas páginas ilustrativas desse editorial) refere-se ao dispositivo na portaria nº 103, de 04/03/1993 a qual em seu capítulo 5 – sistemática de importação de armas, parágrafo de, impede a importação de armas de antecarga. Como a carta original está em idioma italiano, pedimos a atenção dos senhores para a tradução da mesma.
“Gardone, 12/12/1993 Prezados Senhores: há vários meses recebemos convite para inserir publicidade em sua bela revista e estamos particularmente honrados por seu contato direto.
Quando da escolha das matérias que comporiam este Especial de MAGNUM, buscou-se, acima de tudo, dar a nossos fiéis Leitores uma visão supera - brangente do que se fez em todo o nosso planeta quanto ao quesito Pistolas.
Assim, Você terá - em uma única edição - significativos exemplos de grandes obras da Engenharia de Armamento (como, por exemplo, é o caso da Ruger P-89 e das SIGSauers), uma interessante curiosidade (a diminuta Kolibri), a tentativa inipônica de criar seu próprio armamento para não depender do Ocidente (as Nambus), mas com resultados apenas razoá veis, uma “colecionável” polonesa (a Radom) e, ainda, dois produtos da conhecida e tradicional Smith & Wesson norte-americana(Mod. 6906 e M-52), entre outras - tudo isso compondo um belo painel da inventiva huma na em relação a Armas Curtas para seu exclusivo entretenimento.
A cada página o Leitor perceberá nuances - inclusive históricas - a permear estes eternos textos, alguns deles produzidos por Autores que não mais estão entre nós, mas que continuam e continuarão presentes nestas folhas. Em outras palavras, praticamente um legado para as gerações futuras.
E, agora é hora de Você mergulhar em um gostoso passado e, quem sabe, aprender algo mais sobre algumas das mais conhecidas Pistolas já produzidas.
Bom divertimento!