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MAGNUM é uma Revista dedicada ao universo das Armas de Fogo. Aborda Colecionismo, Tiro Esportivo, Munições, Recarga, Balística e Legislação pertinente ao assunto. Além de abordar Arqueiria, Caça, Cutelaria, promover entrevistas com pessoas ligadas a cada um desses setores e cobrir lançamentos de novos produtos - no Brasil e no mundo -, buscando estimular seus Leitores ao trânsito saudável, consciente e responsável através desses temas.
Aquilo que outrora fora definido, em editorial, como um dos mais buscados “objetos de desejo” - notadamente entre nossos Leitores – é, sem dúvida a Pistola.
Curiosamente, elas só não são mais fáceis de serem construídas do que os revólveres, já que esses últimos demandam perfeito alinhamento entre tambor e cano e, ainda por cima, a correta observação do “gap”, ou seja, aquela distância existente entre os citados componentes para que não haja escape de gases acima do normal (o que levaria à redução da velocidade dos projéteis, entre outros problemas) e, além disso - no caso de “gap” pouco pronunciado - o que se traduz pela ausência da necessária folga, a possibilidade de ocorrer interferência cano-tambor, algo que poderia vir a travar o giro desse último.
Por outro lado, sabe-se ser mais fácil construir uma metralhadora de mão simples do que uma pistola - ora objeto deste Especial - em função de certas tolerâncias algo mais restritas no caso da pistola devido a suas menores dimensões visando à possibilidade de porte.
Contudo, sem nos atermos a particularidades técnicas, nesta Publicação o Leitor terá um apanhado de diversas marcas e modelos, muitos deles com interessantes peculiaridades, inclusive históricas, as quais bem demonstram que “reinventar a roda” nem sempre é um bom caminho - isso bem demonstrado em alguns dos textos aqui presentes onde é visível o reaproveitamento de ideias e as possibilidades de driblar patentes e, desse modo, evitar o pagamento de direitos autorais (os famigerados “royalties”) que, por vezes, desencadeiam verdadeiras batalhas entre Fabricantes.
Dentre as aqui apresentadas poderão ser vistos vários exemplos de armas modernas e também antigas, as quais tiveram o condão de ficarem “vivas” mesmo após a mudança de Século, ou seja, com reaproveitamento de conceitos e soluções mecânicas até então insubstituíveis; e a Colt Commander, assim como a Imbel .40 S&W, é bom exemplo do que aqui foi explanado. A Glock 28 é indiscutível fórmula da continuidade de aplicação de polímeros em sua construção (embora as Glocks - ao contrário do que se pensa - não constituam a primazia de terem sido as primeiras a empregar tal tipo de material, cabendo tal honra à HK).
A Bersa Thunder .380, fabricada em nossa vizinha argentina, também figura como boa demonstração desse reaproveitamento de conceitos, enquanto a Firestar e a Bul M5 exemplificam bons produtos surgidos, respectivamente, na Espanha (na prolífica região de Eibar) e em Israel. A Roth Frommer, por sua vez, é fruto de antigo projeto, muitas vezes modificado. E na esteira de uma modernidade absoluta surge a FN Five Seven, a qual emprega a mesma munição da excelente metralhadora de mão da conhecida Fabricante belga, a P 90.
A Walther P99 é mais um produto da modernidade, ao passo que a INA bem representa a tentativa brasileira de fabricar armamento próprio. Quanto à Beretta 84, cremos que dispensa apresentações, já que a tradicional pistola italiana traz em seu DNA toda a genética que ainda é vitoriosa nos dias atuais.
E, para encerrar, também enfocamos aqui a Taurus Millennium que, como a própria denominação dessa pistola já sugere, enfoca a separação entre milênios, ou seja, criada de olho no futuro. Dotada de novos elementos - como o Leitor bem poderá observar na matéria correspondente, ela representa um avanço conceitual dentro do programa estabelecido pelas Forjas Taurus.
Como bem se pode notar, a gama de armas aqui exposta é bastante abrangente; e certamente fará a alegria de nossos fiéis seguidores.
As lições do tumulto de Los Angeles
O tumulto da Grande Los Angeles, Califórnia, teve sua origem quando a televisão norte-americana, a partir do início de junho deste ano, pretensamente apenas informando que se aproximava o julgamento dos policiais envolvidos no espancamento do motorista negro Rodney King, insistentemente mostrava que nos telejornais apenas algumas cenas de um vídeo-tape amador que havia registrado o incidente. Nestas cenas, o motorista Rodney King era mostrado como a mais plena das vítimas, “alvo cruel da selvageria de policiais brancos.”
O total da gravação desse vídeo, entretanto, tem 18 minutos e 16 segundos e revela também que o forte motorista negro Rodney King (1,83m de altura e 113 kg de peso), mesmo após ter tomado duas descargas elétricas de 50000 volts cada de uma “stun gun”, embriagado que estava, levanta-se agilmente e, gritando palavrões, empurra um dos policiais, momento exato em que os outros três correm em sua defesa, golpeando o agressor com seus cassetetes e um deles chutando-o até que cesse a agressão. No final da fita de vídeo, King, já em vias de ser colocado na viatura policial, embora duramente espancado e algemado, ainda esboça uma última tentativa de agressão.
…MAS NÃO SERÁ DA NOITE PRO DIA.
Ao velho lojista de arma de fogo muito tem sido bradado, Brasil afora, e antecipadamente comemorado, com direito a ufanistas ilustrações, como a do Patolino (Duffy Duck) com charutão aceso na boca e maços de dinheiro ao pano de fundo. Coisas à la “...time is up: the world.., once more.., is yours ..!”.
Acreditamos sim que a mudança no curso do “rio político” vá trazer de volta o desejado. Lojista que não soçobrou e integra tão tradicional, necessário, específico e recentemente tão perseguido e apenado tipo de comércio -- sujeito que já assistiu, há pouca década, a tempos animados, livres e muito férteis --, deverá ser recompensado pela heroica manutenção de seu estado de alerta.
Vida longa aos pertinazes e previdentes, aos que tenham se mantido documentados e prontos pra agir (!). Bordeando, mas sem entrar fundo em parábolas, fica a ideia da sabedoria universal de estar preparado e... assim permanecer -- como um “...homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos, que deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces feitos sobre a rocha.”
A noção é de que ter permanecido aprontado seja o trunfo, o que manteve o sujeito e o manteria com os pés fincados em terra firme, aptos a fazerem reerguido seu corpo, quando finalmente chegada a possível oportunidade. Isso é estar preparado pra sorrir, sem ter salsinha escapando aos dentes; preparado pra se desnudar, perante uma oportuna e desejável dama, sem morrer de vergonha por mostrar o corpo encardido; preparado pra receber uma visita, ou carona inopinada, sem ter que ficar pedindo mil desculpas pela limpeza geral da casa... ou do carro.
Seja pensando num sujeito, num ser humano, que manteve fortes e irrigados os músculos e que, na hora agá, consegue explosivamente reagir a uma emergência sem se contundir, ou seja pensando num esquema comercial, numa pê-jota, que se manteve documentada, apta e disposta e que, na hora agá, consegue energicamente responder a uma melhora considerável do mercado a que se fez destinada.
O lance todo é fulcrado na manutenção do preparo.
Tudo isso.., todo esse palavrório.., pra contar de uma situação cujas melhoras vesperamos e não ingênua ou simplesmente esperamos. Mas vesperamos, mesmo e de verdade. Tudo isso pra contar de gente que vai ter que conservar a paciência -- por mais algum tempo --, mas contar de pê-jota que vai ter que se acostumar à ideia de que, graças ao bom Deus, terá valido a pena aguardar... e brigar... e pagar... e esperançar.
O sol já vai (re)nascer ..! Os
Tive o prazer de conhecer Ronaldo Olive Há muitos anos, na época em que juntos labutávamos na hoje extinta creio) revista Tecnologia e Defesa. Contudo, o maior prazer resume-se no fato de Ronaldo ser cotado entre aqueles que chamo de amigos.. Independente do fato citado, Ronaldo é hoje, no Brasil, o que se pode chamar de verdadeiro especialista na área de Armamento, dos quais podem se contar, no máximo, cinco ou seis pessoas, tendo inclusive vários trabalhos apresentados em publicações internacionais de peso, como por exemplo as pertencentes ao afamado grupo editorial inglês Jane's, do qual foi correspondente por um longo período. Quando Ronaldo decidiu entregar-se a este trabalho, o fez de corpo e alma, do mesmo modo com que abraçou sua última criação para essa Editora, o Especial ''Submetralhadoras & Fuzis de Assalto'', publicação que alcançou enorme sucesso entre os Leitores da MAGNUM.
É com grande satisfação que volto a escrever no editorial da Revista MAGNUM, em especial por ser na primeira edição de 2014. No ano da Copa do Mundo da FIFA, todos os olhares estão voltados para o campo. São os jogadores e a bola os destaques principais deste grande espetáculo. Registro aqui minha forte torcida pela seleção brasileira de futebol.
Ressalto as oportunidades que se abrem com os megaeventos no Brasil para o segmento de Segurança. O Portal da Copa, que é o site do Governo Federal Brasileiro sobre evento, tem uma seção específica onde trata do tema ‘Segurança Pública e Defesa’ e destaca o investimento de R$ 1,9 bilhão.Em um evento de tal porte que envolve milhares de pessoas e transforma a rotina de todo nosso país, o papel das Empresas Estratégicas de Defesa e Segurança se torna ainda mais imprescindível. Neste cenário, não podemos também deixar de ressaltar a realização dos Jogos Olímpicos em 2016, que inclusive contará com a participação de nossos Atletas do Tiro Esportivo Brasileiro. Tenho certeza de que eles farão uma grande participação.
O Brasil será o primeiro país na história que receberá uma Copa do Mundo FIFA seguida da realização dos Jogos Olímpicos. Isto representa, sem dúvida, um marco na história do Esporte mundial. Falando em marco, e tratando agora sobre história da Caça no Brasil, a liberação do abate do Javali pelo IBAMA no ano passado é um fato de extrema importância para o segmento, já que abriu a possibilidade da atividade da Caça regulamentada durante o ano todo; e devidamente autorizada. Importante ressaltar que outras espécies invasoras já são objeto de estudo científico no país em função dos prejuízos que representam à biodiversidade. Um exemplo é a pesquisa, sobre a superpopulação da POMBA, que está sendo feita no Estado do Mato Grosso do Sul.
É notório que cada vez mais cresce o reconhecimento - inclusive por instituições ambientalistas - de que a Caça Esportiva regulamentada é, de forma inquestionável, a melhor forma de equilíbrio da fauna e um eficaz instrumento de conservação da natureza e de movimentação da economia. Este assunto está tão em evidência que a Revista MAGNUM fará uma Edição Especial só sobre este tema. Aguardem!
Desejo que 2014 seja realmente um ano especial, e que este momento de alegria e confraternização por meio do Esporte envolva todo o povo brasileiro.
Salesio Nuhs
Diretor Comercial e de Relações Institucionais da CBC e Presidente da ANIAM - Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições