É com prazer que apresentamos a revista MAGNUM!

MAGNUM é uma Revista dedicada ao universo das Armas de Fogo. Aborda Colecionismo, Tiro Esportivo, Munições, Recarga, Balística e Legislação pertinente ao assunto. Além de abordar Arqueiria, Caça, Cutelaria, promover entrevistas com pessoas ligadas a cada um desses setores e cobrir lançamentos de novos produtos - no Brasil e no mundo -, buscando estimular seus Leitores ao trânsito saudável, consciente e responsável através desses temas.

Confira abaixo 5 Edições Completas para Assinantes MAGNUM

Edição 39 - Ano 7 - Junho/Julho 1994

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Editorial

Crime!

Recentemente o senado aprovou o projeto de lei do senador Hidekei Freitas (PFL-RJ) que revoga o artigo 19 do decreto lei nº 3688 (lei das contravenções penais) de 02/10/1941 tornando o porte de arma sem autorização policial um crime inafiançável punido com reclusão de 3 a 5 anos e pena aplicada em dobro em caso de reincidência.

No Dia 18 de maio esse projeto de lei foi enviado à Câmara e, caso aprovado naquela casa, deverá ter a sansão presidencial. Em sua base o projeto de lei do senador Hidekei Freitas é bom para a sociedade como um todo, pois – sem sendo crime inafiançável – elementos detidos em atitudes suspeitas e portando armas de fogo sem a competente autorização (na maioria das vezes já com ficha criminal) poderão ser, na teoria afastado das ruas, certamente evitando-se assim que cometam prováveis violências.

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Edição 74 - Ano 13 - Junho/Julho 2001

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Editorial

A “orquestra” do PLANALTO

É claro que música sempre foi um item de escolha estritamente pessoal. A musicalidade, contudo, é algo que nem todos possuem, daí possivelmente advindo o ditado “quem sabe, sabe; quem não sabe, bate palmas”...

O fato é que nós, cidadãos honestos, trabalhadores, pagadores de impostos e com domicílio plenamente conhecido, estamos todos no Grande Salão de Baile da Sociedade, e a música que freqüentemente toca por aqui não agrada a maioria. A orquestra, como não poderia deixar de ser, é a de Brasília, geralmente falha em musicalidade e, com certeza, sem muito ritmo.

Somos, porém, obrigados a ouvir e, às vezes, até mesmo a dançar ao som daqueles músicos não tão afinados, enquanto que no Salão dos Comandos e falanges, ao lado, (onde não se paga nem um impostinho, digo, ingresso para entrar), todos os tipos de bandidos sempre escolhem a música que querem e dançam à vontade, sem se preocuparem com os acordes “organizados” tocados no Salão principal, os quais em nada os atrapalham.

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Revista Magnum Edição 145

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Editorial

UMA GRANDE MUDANÇA SE INICIA...

Os avanços conseguidos por este novel Governo Federal nos dão conta de que os calibres proibidos ao tempo do ditador Getúlio Vargas começam a ser liberados ao Cidadão comum, ou seja, aquele que passar pelos exames e verificações de praxe (psicológico, de manuseio e, claro, de antecedentes criminais) e neles for aprovado.

Com isso, alguns cartuchos que eram tão somente “objetos de desejo” passarão, doravante, a “normais”. Em outras palavras, ficaremos livres do jugo a nós imposto durante aquele período ditatorial e que pouco mudou com o passar dos anos.

Então, ao Brasileiro eram apenas permitidos armas e cartuchos nos calibres .22, .32, 7,65 mm e .38 (para armas curtas. Para carabinas era permitida a utilização do .44 Winchester, não Magnum) até que um de nossos Ministros da época, ao ouvir os apelos de pessoas de bem que julgavam tais calibres abaixo dos níveis considerados suficientes; e então essa mirrada lista teve a adição do .380, mas paramos por ali.
E, depois de tantos anos (décadas, para sermos mais exatos) de nós, amantes do Tiro e partidários da utilização de Armas de Fogo como objetos de Defesa, pleitearmos as mudanças que são agora anunciadas, surge uma nesga de Liberdade nesse horizonte que, anteriormente, se mostrava tão sombrio e caminhando na direção de exemplos de outros países de cunho ditatorial.

Desse modo, aqueles calibres anteriormente considerados como “que matam mais” (dito interno aqui na MAGNUM) são agora - e finalmente - liberados para o público consumidor-alvo, qual seja, aquele que pode possuir as armas que sempre desejou e dentro da legalidade. Afinal, a bandidagem nunca precisou esperar por leis que a favorecessem, haja vista que maus elementos nunca precisaram de quaisquer licenças para portá-las e utilizá-las.

De maneira mais sábia buscou-se, agora, fazer alguma limitação de calibres em função da energia* liberada no disparo (aqui entram Velocidade e Peso do projétil) - algo com muito mais sentido do que apenas o embasamento no diâmetro de um dado projétil, como era antigamente, já que, para exemplificar, tanto o .357 quanto o 9 mm (e até o .380) o tem praticamente igual àquele de um .38 SPL.

Ainda faltando uma certa definição entre calibres “restritos” e/ou “proibidos”, mesmo assim o Consumidor poderá desfrutar de bem maior gama de calibres - como acontece em outros países pelo mundo afora - e, consequentemente, alavancando o mercado de armas & munições, ou seja, aumentando a produtividade do parque nacional (com isso, criando um maior número de empregos diretos e indiretos) e brindando o Brasileiro com possibilidades que antes lhe eram negadas, seja por ingerência política (interna ou externa) ou coisa pior, por parte daqueles que nada entendem do assunto e que, contudo, tendo o poder para tal, usam e abusam de Seguranças armados que lhes garantem, em pleno, a liberdade de ir e vir sem se preocuparem com roubos, sequestros e outros perigos desse tipo.

Assim, nós de MAGNUM antevemos um grande e próximo salto na evolução econômica e cultural de nossa amada Nação em função de atitudes acertadas de nossos atuais governantes. Não é simples otimismo! Trata-se, apenas, de observação dos rumos, notáveis, pelos quais estamos passando - e quem isso não reconhece ou repudia, às vezes até mesmo como massa manipulada e pouco consciente, sem dúvida, estará trabalhando em função de interesses escusos que pouco a pouco vêm sendo desvendados, *N. da R.: O máximo de energia agora autorizada é de 1505 joules - número que abrange a grande maioria dos calibres que anteriormente eram vetados à utilização por civis e, para que o Leitor possa dimensionar tal dado, basta lembrar que uma carabina ou pistola no desejado calibre .40 (o mesmo de emprego por muitas de nossas Polícias) o tem por volta de um máximo de 670 joules.

Os calibres que ainda restam como não permitidos são, por exemplo, o 5,56 mm (.223) e o 7,62 (.308), ou seja, ainda não chegamos ao nível, por exemplo, dos EUA. Continuam ainda proibidas as armas automáticas, ou seja, aquelas capazes de disparar em rajadas, como metralhadoras de mão e certos fuzis que apresentam tal capacidade.

Tudo pode ser resumido na criação de novos parques fabris e, ainda, um incremento na importação de armas (lembrando que tais instalações industriais poderão até mesmo se dedicar à exportação de produtos nacionais). E, para encerrar, listamos agora os calibres e armas que, doravante, poderão também ser comercializados em Lojas:
9 mm P, .357 Magnum, .40 S&W, 10 mm e .45 ACP.

Lincoln Tendler
Coordenador Técnico da Área Internacional

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Revista Magnum Edição 122

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Editorial

SOBRE FUTEBOL, ARMAS E POLÍTICA

O Governo Federal anunciou, de maneira orgulhosa, investimentos de aproximadamente 1,17 bilhão de reais em equipamentos e capacitação das Forças de Segurança para a realização da Copa do Mundo de Futebol, sediada neste ano no Brasil. Inegavelmente, a medida surtiu efeitos. Relatos de torcedores descrevem os momentos de calmaria percebidos antes, durante e depois das partidas, com parcas exceções. Em especial os estrangeiros, que não ousaram sair dos locais turísticos, ficaram impressionados com o grande número de Policiais e a total sensação de segurança.

A bonança demonstrada durante os jogos contrasta com os números letais do Mapa da Violência, estudo respeitado e apoiado pelo próprio Ministério da Justiça. O compêndio explicita, de maneira definitiva, que o Brasil é um país com números de guerra civil!

Com 1,09 milhão de homicídios entre 1980 e 2010, e média de 26,2 por 100 mil habitantes, o Brasil tem uma taxa anual de mortes violentas superior à de diversos conflitos armados internacionais, como o da Chechênia (25 mil), entre 1994 e 1996; e da guerra civil de Angola (1975-2002), com 20,3 mil mortos ao ano. Dos crimes do Brasil, apenas 8% foram solucionados e míseros 2% acabaram em punição aos assassinos. Logo mais, em 2016, teremos o maior evento esportivo do mundo ocorrendo em terras brasileiras e é de se esperar que o espetáculo da segurança pública com prazo de validade se repita, bem como o uso político do mesmo. Se há algo para se comemorar é que poderemos ver bem de pertinho nossos Atletas do Tiro, verdadeiros heróis no quesito tenacidade. Perseguidos por políticos, desprezados pela imprensa, preteridos por outros esportes e até mesmo por Organizações que deveriam por obrigação representar, defender e fomentar as atividades esportivas.

Durante a Copa, a seleção alemã massacrou a brasileira em um jogo de futebol. Massacrou, claro, não no sentido literal do vernáculo - uma vez que todos os jogadores sobreviveram e continuarão com suas vidas, quiçá levantando novamente a faixa em favor do desarmamento enquanto andam em carros blindados, são protegidos por Seguranças armados ou se beneficiando da real segurança de países onde atuam. No jogo da vida - da sua, da minha, da nossa vida real - a violência continua. A taxa de mortos chegou a 29 por 100 mil habitantes em 2012. Na Alemanha, é de 0,9. Mata-se no Brasil 32 vezes mais. O padrão de qualidade FIFA não evitou um massacre figurado em gramado e não evitará o massacre anual fora dele.

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Revista Magnum Edição 138

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Editorial

O que isso vai trazer?

Por anos e anos fomos reprimidos e ainda estamos sendo. Sim: reprimidos. A atmosfera de democracia no Brasil é toda falsa e, hoje, assim falsa ela finalmente se mostra a qualquer um que queira enxergar. O que é algo muito bom, ainda que em muito seja frustrante.

Qual é a dúvida de que governos queiram desarmar os cidadãos comuns somente quando tencionam tirania? Aonde resta dúvida acerca dos velhos e vezados métodos sobre esse tema, observáveis pelo mundo, história afora? Alguém ainda acredita que o Brasil esteve ou esteja imune aos dados históricos e ao mundo?

Muita gente com quem conversamos, gente de fora do meio das armas, crê piamente estar proibido o comércio de armas de fogo e munição no Brasil. Pois é: gente que, pela soma de inocência útil e desinformação, concorda em engolir, sem fazer qualquer careta, todo discurso obsceno da grande mídia e suas ludibriantes entrelinhas, efetivas como jatos d’água pontuais de um complexo e até aqui muito eficaz equipamento de lavagem cerebral.

Nós, neste momento, estamos em meados de 2018. Existe no ar, com delicioso perfume, a esperança de retomarmos o direito pleno às armas particulares e à segurança elementar, essencial e indiscutível. Há promessas viáveis quanto a seus cumprimentos e, como combustível, há o desejo da concretização, por parte de nós mesmos, os obedientes à Lei.

O que isso vai trazer? A priori, seu todo não é esgotável e o saberemos somente ao vivenciar. Talvez, em primeiro momento, até traga uma cheia, ou enchente. Até porque enchente seja consequência possível de todo represamento mal operado.

Gente que nunca andou portando arma, talvez o faça e talvez se atrapalhe na hora de seu uso eventual. Quando finalmente colocar o equilíbrio emocional à prova, gente que perceba insuficiência desse equilíbrio e talvez cometa alguma imprudência. Gente que nunca pensou em ter arma de fogo, talvez compre uma, ainda que seja pra descobrir, pouco em seguida, que não gosta de atirar e com arma não se sente confortável. Isso tudo é possível.

Tudo isso é possível mas, se acontecer, será mesmo como enchente. A água depois volta ao nível de origem e as pessoas reaprendem a conviver. No entanto, a criminalidade estará mais fraca, menos atrevida, tendo muito menos chance de persistir. E a vida, por certo, voltará à normalidade.

 

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