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MAGNUM é uma Revista dedicada ao universo das Armas de Fogo. Aborda Colecionismo, Tiro Esportivo, Munições, Recarga, Balística e Legislação pertinente ao assunto. Além de abordar Arqueiria, Caça, Cutelaria, promover entrevistas com pessoas ligadas a cada um desses setores e cobrir lançamentos de novos produtos - no Brasil e no mundo -, buscando estimular seus Leitores ao trânsito saudável, consciente e responsável através desses temas.
Maus exemplos
Em nosso Editorial da última edição (veja Magnum nº41), o parágrafo final afirmava o seguinte:
“Autoridades brasileiras: durante muitos anos vocês tentaram legislar sem conhecer; fizeram leis sem consultar técnicos; generalizaram tudo o que tinham direito; ouviram quem não deviam e a coisa toda conduziu a um país que não respeita a verdadeira Ecologia e que agora pretende “quebrar” a primariedade criminal de cidadãos honestos por portarem ilegalmente Armas de Fogo... Não seria inteligente, de vez que a antiga forma não deu certo, algumas mudanças?
Essas claras e lógicas palavras, portanto de fácil entendimento além de terem sido escritas por técnicos em Armas & Munições, têm tudo para funcional como uma espécie de “fórmula mágica” que permita o estudo sério de algumas delicadas questões quanto ao uso moderno de Armas de Fogo, quer para propósitos de defesa, esporte ou Caça em nosso país.
Mas não! Autoridades de alguns de nossos Estados estão fazendo exatamente o contrário e, o que é pior, contaminando segmentos da Sociedade Civil com sua óptica míope desses assuntos.
Acorda Brasil!
O recente assassinato do índio Pataxó Galdin dos Santos numa parada de ônibus em Brasília (DF), por 5 jovens de classe média que o incendiaram, nos faz refletir que não são necessárias armas de fogo para matar, basta o fogo...
O triste episódio revelou também a existência de crimes semelhantes contra mendigos, já há tempos, nas metrópoles nacionais, os quais não são noticiados pela imprensa brasileira, sempre ávida por sensacionalismo.
Esses jornalistas sensacionalistas e o atual governo brasileiro são os mesmos que forçam a aprovação, às pressas, da nova e imperfeita lei do porte de armas de fogo.
Diferentemente da indústria de Armamento norte-americana ou mesmo da europeia, a fabricação de pistolas semiautomáticas no Brasil percorreu caminhos tortuosos e que tinham como início, basicamente, um aproveitamento (e em certos casos uma releitura) dos modelos produzidos nas duas áreas geográficas citadas.
Contudo, aos poucos foi sendo cria do um “padrão brasileiro” - o qual de certo modo afastou os Projetistas daquelas armas anteriormente baseadas em modelos preexistentes e deu vazão a produtos que apresentavam características próprias, tanto em linhas quanto em processos de
funcionamento, sem que alguns dos modelos anteriores fossem abandonados, mas mesmo assim criando uma visão só nossa; e que algumas vezes chegou a ser adotada no exterior
pelas características de inovação.
Desse modo, nosso País viu crescer, desde a década de 70, a oferta de diferentes pistolas por ambas as fábricas brasileiras do segmento: Taurus e Imbel, fazendo então com que a possibilidade de escolha fosse ficando cada vez maior. Com a liberação do então considerado “poderoso” calibre .380 ACP por nosso então Ministro do Exército, Leônidas Pires, em dezembro de 1987 (anteriormente, civis só tinham acesso aos calibres .22 LR ou Short/Curto, 6,35 mm Browning e 7,65 mm Browning, se guindo a esquisitíssima linha de pensamento por nós denominada de “calibres que matam mais ou que matam menos”), a indústria nacional tomou novo impulso; e os Projetistas puderam então trabalhar a idéia da
criação de novos tipos de Armamento dentro do conceito de Armas Curtas.
2010, um ano que entrará para a história do segmento de Armas e Munições.
Especialmente do ano de 2003 para cá, tivemos uma intensa e conturbada trajetória no segmento de Armas e Munições.
No dia 23 de dezembro de 2003 era publicada a Lei 10.826, mais conhecida como “Estatuto do desarmamento”. Uma lei que trazia a certeza da proibição do comércio legal de armas e munições, anunciada por meio de um referendo popular a ser realizado no ano de 2005.
A princípio o clima era de tensão e nos retraímos. Logo depois, refletimos e - obstinados que somos -, não nos conformamos em aceitar que o direito de escolha pudesse ser tirado das pessoas. Decidimos defender esse direito e iniciar um árduo trabalho para esclarecer a população brasileira a respeito dos falsos mitos relacionados às armas e às munições.