Efeito antiarma
Como no livro “1984” de George Orwell, o “grande irmão” dos anos 90 determinou que a nova geração não deve apreciar armas de fogo ou fumar.
Assim, a imprensa mundial diligentemente tratou de cumprir a determinação da chefia máxima e os jornalistas e outros profissionais de comunicação estão tentando implementar no jovem moderno as idéias de que ter ou portar uma arma de fogo bem como fumar, não é, digamos assim, “politicamente correto”.
Dentro dos modernos tempos “ecológicos” e de “extremo culto à saúde” isso até poderia ser entendido como algo salutar. Entretanto, a coisa toda não é tão simples e rósea.
De ilusão também se vive...
Com certeza o leitor está observando a intensa campanha antiarmas que ora se faz em nosso país. Esta campanha conta o apoio maciço de toda a mídia nacional e, assim as emissoras de televisão, os diários e até algumas revistas dela participam, como se uma população desarmada fosse a panacéia para os males brasileiros. Aliás, é essa mesma a intenção do patrocinador maior de todas as campanhas, o ministério da justiça.
Mas, o que realmente estaria por trás de tão intensa campanha? É simples: Desviar a atenção da população para problemas maiores, de âmbito sociológico.
Caça regulamentada: a última alternativa!
“O resultado desastroso que colhemos em matéria de destruição ambiental, depois de 497 anos de legislação restritiva, e que não leva em conta nem a natureza humana nem a realidade do país, mostra que há algo fundamentalmente errado na maneira como nossas autoridades ecologistas têm encarado a questão. Se quisermos a floresta em pé, temos que atribuir-lhe um valor econômico maior do que ela teria transformado em carvão. E no mundo inteiro, mais do que com o turismo ecológico, atividade limitada pela própria natureza, foi com a organização da indústria de caça e da pesca esportiva que se resolveu esse problema.
Acorda Brasil!
O recente assassinato do índio Pataxó Galdin dos Santos numa parada de ônibus em Brasília (DF), por 5 jovens de classe média que o incendiaram, nos faz refletir que não são necessárias armas de fogo para matar, basta o fogo...
O triste episódio revelou também a existência de crimes semelhantes contra mendigos, já há tempos, nas metrópoles nacionais, os quais não são noticiados pela imprensa brasileira, sempre ávida por sensacionalismo.
Esses jornalistas sensacionalistas e o atual governo brasileiro são os mesmos que forçam a aprovação, às pressas, da nova e imperfeita lei do porte de armas de fogo.
Leitores e autoridades brasileiras não devem estranhar se muito em breve lerem uma notícia com teor do texto abaixo:
Marginais em pânico!
Os marginais brasileiros estão realmente assustadíssimos com a nova lei que transforma o porte ilegal de armas em crime.
A partir das dificuldades impostas por essa nova lei somente aos cidadãos honestos do Brasil, o marginal tupiniquim sabe que terá chances muito maiores para a prática de delito e isto, no fundo, significará mais “ trabalho” para ele – daí o pânico.
O sindicato nacional dos marginais informa que, imediatamente após a promulgação da referida lei, instruirá a “categoria” para agir com mais violência, alegando que a medida é, na realidade, produto de um “lobby” que objetiva deixar seus associados totalmente a mercê dos contrabandistas de arma, fato este que certamente trará maior intranqüilidade à classe, uma vez que o preço de suas “ferramentas de trabalho” certamente aumentará.
É preciso repensar...
Durante os últimos anos diversas autoridades, em muitos lugares do mundo insistiram em culpar armas de fogo como responsáveis pela violência.
Nessa tarefa gastaram tempo e dinheiro preciosos para outras obras sociais muito mais importantes e que certamente corrigiriam as verdadeiras causas da violência.
As pessoas de bom senso, ao contrário do que pensavam essas autoridades, têm plena consciência da falha cometida.
As pessoas conscientes que apreciam armas de fogo tornaram-se céticas quanto a verdadeira capacidade dessas autoridades...
Já não seria tempo de as autoridades, principalmente as brasileiras, repensarem o assunto? Ou elas acham que conseguirão enganar a todos, em tudo, durante todo o tempo?
Quem mata?
Ao culpara armas de fogo pela crescente violência nas metrópoles brasileiras, muitas de nossas autoridades apenas disfarçam sua incompetência para assuntos de segurança pública.
A fome mata!
A falta de instrução mata!
A Ignorância mata!
A falta de educação mata!
O racismo mata!
As drogas matam!
O descaso aos idosos brasileiros mata!
A ganância de alguns governantes brasileiros mata!
No Brasil, a impunidade mata!
A morosidade da justiça brasileira mata!
O descaso das autoridades brasileiras mata!
Uma última chance
Escócia: Homossexual mata 16 crianças na escola.
EUA: Mais um louco invade lanchonete dando tiros.
Austrália: Louco mata 34 turistas
Brasil: Estudante reprovado invade universidade e mata o diretor
Nos últimos 90 dias, estas foram algumas das principais manchetes dos diários e telejornais aqui no Brasil e no resto do mundo.
Discussões à parte sobre o aspecto psicossocial do porquê esses fatos ocorreram (e, muito infelizmente, irão continuar ocorrendo), alguns conceitos menos teóricos merecem ser comentados.
O primeiro deles diz respeito à insanidade humana comprovadamente contida nos casos mencionados, totalmente imprevisível e que – eclodindo com violência – fez vítimas fatais, as quais não tiveram a mínima chance de defesa.